Seja bem-vindo! Hoje é

Nova Série "Filhos do Coração" : Histórias de homens e mulheres que decidiram formar uma família.

3 de janeiro de 2010



Pais de crianças adotivas contam suas experiências, dificuldades e alegrias de criar e educar os filhos adotivos e biológicos.

Se os filhos chegassem com o manual de instrução facilitaria e muito as nossas vidas.
“Criança não vem com um manual, então o que o pai faz é dar o melhor de si, é tentar ser honesto, ser certo, buscar o que é certo, quando erra, quando exagera, saber pedir desculpa”, diz Sávio Bittencourt, pai.

Erro, acertos... Conheça duas famílias que já percorreram parte desse caminho de educar. Os casais já têm filhos adotivos. Sávio e Bárbara resolveram adotar mais um este ano.
Denise e Fred também. Os caçulas das famílias não vão aparecer, porque os pais ainda estão com a guarda provisória das crianças. Na casa de Júlia, Denise e Fred, sabe quem queria mais um? “Mas agora não quero mais”.
No começo Sávio e Bárbara também assistiram a cenas de ciúme. “Esse aqui chegou e falou assim pra Ana Laura, eu saí de dentro da barriga da minha mãe. Eu quase morri do coração porque eles deviam ter três aninhos, quatro anos no máximo. E a Ana Laura disse: eu vim no caminho mais bonito da estrada de Valença pra Conservatória no jipe do meu pai. Pronto, acabou, estavam empatados, porque realmente nós fomos buscá-la. Isso foi tantas vezes contado com alegria, como uma vitória, uma conquista nossa que ela incorporou isso com tranquilidade naturalmente, que teve a resposta na ponta da língua pra falar pro irmão”, conta Bárbara Bittencourt, advogada. 
Valorizar a história das crianças é uma das preocupações de Denise e Fred. Um dia, se os filhos quiserem saber detalhes, os próprios pais vão ajudar a recuperar a origem de cada um.

A satisfação dos pais, a alegria das crianças... Só quem experimentou sabe: não há nada como bons momentos em família.
A gestação é uma experiência única, mas pra virar mãe é necessário muito mais do que isso. O convívio diário, a responsabilidade, o sentimento que cresce até ficar enorme no coração. Alguém que te olha com tanta cumplicidade e depende tanto de você, e daqui a pouco te chama: mamãe. É assim também com os pais e com os pais adotivos. A verdade é que todo filho é do coração.
► Continue lendo a matéria

Nova Série "Filhos do Coração" : Difícil decisão: Entregar o filho para adoção




Quando a mãe decide entregar o filho para uma família que queira criá-lo, o que fazer? A nova lei da adoção prevê assistência para grávidas que tomarem esta decisão.

Uma jovem, quando ficou grávida aos 17 anos, não queria ser mãe, mas nem por isso mostrou desprezo pela criança. “Eu queria que uma família gostasse dele. Acho que é uma vida por mais que não seja desejada é uma vida”.
A decisão não é fácil e na maioria das vezes as grávidas que não querem cuidar dos filhos não tem apoio dos amigos e da família. Em Brasília já existe um programa para atender essas mulheres. Nas maternidades e nos centros de saúde elas encontram apoio de psicólogos e são acompanhadas pela justiça para que tudo seja feito de forma segura dentro da lei.
O programa, criado em 2006, já atendeu cinquenta gestantes. O que só Brasília conhecia, agora vai ser realidade em todo o país. Com a nova lei da adoção, grávidas de qualquer lugar do Brasil que não puderem criar os filhos, vão poder entregar os bebês para adoção, com todo o apoio previsto na legislação, sempre sob sigilo.
"O ato da entrega de uma criança é acompanhado por psicólogos, assistentes sociais. Além de ser um instrumento legal assegura o direito da genitora de exercer a sua liberdade de escolha, mas sobretudo também ela assegura o direito a vida daquela criança", esclarece Renato Rodovalho Scussel, juiz.
Os laços que unem as famílias não são de sangue, são de amor, de cumplicidade. "A história do indivíduo vai ser construída pelas relações afetivas que forem sendo estabelecidas", explica Luiz Schettinni, psicólogo.
Margarida esperou quase três anos na fila para adotar uma criança e a chegada do filho, uma data inesquecível, foi bem longe de uma maternidade. "Foi uma audiência tranquila, ela foi muito consciente, uma pessoa boa, mas não tinha maturidade pra ter um filho, mas teve maturidade pra dar. Eu fiz questão de agradecer a ela e foi assim muito lindo. Quando eu cheguei no abrigo...”
- “Mãe tá chorando? Tá chorando mãe?”.
- “Eu peguei e trouxe e a primeira noite dele foi linda, ele dormiu comigo, não teve pesadelo, no segundo dia já me chamava de mãe e o amor vai se transformando hoje eu não consigo ficar longe dele”.
- “Você me ama? Não? Me ama? Quem é o amor de mamãe lindo? Quem é?”.
- “Caaaaduuuu... Cadu”.
► Continue lendo a matéria

 
TOPO
©2007 Elke di Barros Por Templates e Acessorios