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Nova Série "Filhos do Coração" : Difícil decisão: Entregar o filho para adoção

Nova Série "Filhos do Coração" : Difícil decisão: Entregar o filho para adoção

3 de janeiro de 2010




Quando a mãe decide entregar o filho para uma família que queira criá-lo, o que fazer? A nova lei da adoção prevê assistência para grávidas que tomarem esta decisão.

Uma jovem, quando ficou grávida aos 17 anos, não queria ser mãe, mas nem por isso mostrou desprezo pela criança. “Eu queria que uma família gostasse dele. Acho que é uma vida por mais que não seja desejada é uma vida”.
A decisão não é fácil e na maioria das vezes as grávidas que não querem cuidar dos filhos não tem apoio dos amigos e da família. Em Brasília já existe um programa para atender essas mulheres. Nas maternidades e nos centros de saúde elas encontram apoio de psicólogos e são acompanhadas pela justiça para que tudo seja feito de forma segura dentro da lei.
O programa, criado em 2006, já atendeu cinquenta gestantes. O que só Brasília conhecia, agora vai ser realidade em todo o país. Com a nova lei da adoção, grávidas de qualquer lugar do Brasil que não puderem criar os filhos, vão poder entregar os bebês para adoção, com todo o apoio previsto na legislação, sempre sob sigilo.
"O ato da entrega de uma criança é acompanhado por psicólogos, assistentes sociais. Além de ser um instrumento legal assegura o direito da genitora de exercer a sua liberdade de escolha, mas sobretudo também ela assegura o direito a vida daquela criança", esclarece Renato Rodovalho Scussel, juiz.
Os laços que unem as famílias não são de sangue, são de amor, de cumplicidade. "A história do indivíduo vai ser construída pelas relações afetivas que forem sendo estabelecidas", explica Luiz Schettinni, psicólogo.
Margarida esperou quase três anos na fila para adotar uma criança e a chegada do filho, uma data inesquecível, foi bem longe de uma maternidade. "Foi uma audiência tranquila, ela foi muito consciente, uma pessoa boa, mas não tinha maturidade pra ter um filho, mas teve maturidade pra dar. Eu fiz questão de agradecer a ela e foi assim muito lindo. Quando eu cheguei no abrigo...”
- “Mãe tá chorando? Tá chorando mãe?”.
- “Eu peguei e trouxe e a primeira noite dele foi linda, ele dormiu comigo, não teve pesadelo, no segundo dia já me chamava de mãe e o amor vai se transformando hoje eu não consigo ficar longe dele”.
- “Você me ama? Não? Me ama? Quem é o amor de mamãe lindo? Quem é?”.
- “Caaaaduuuu... Cadu”.

 
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