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Nova Série "Filhos do Coração": Crianças continuam esperando por pais adotivos

Nova Série "Filhos do Coração": Crianças continuam esperando por pais adotivos

28 de dezembro de 2009


 

O JH preparou uma série de reportagem para discutir as mudanças na legislação. Esperança e expectativa das crianças que estão em abrigos e também dos pais que esperam há muito tempo por um filho.

Na primeira reportagem da nova série ''Filhos do Coração'' os repórteres Gabriela de Palhano e Rogério Lima voltaram aos abrigos que eles visitaram em fevereiro de 2008. Quase dois anos se passaram desde a última vez que estivemos em um abrigo em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Até agora nada foi feito para realizar o sonho de um menino: ter uma família.

O Jornal Hoje contou a história dele e de mais seis crianças de outros abrigos brasileiros e revelou os casos sem mostrar os rostos e nem os nomes verdadeiros.O tempo passou e apenas uma foi adotada. As outras... Não tiveram nem a chance de ganhar uma nova família. Os processos estão parados, não há autorização da justiça para a adoção.

O Rio de Janeiro é uma das poucas capitais com dados atualizados sobre as crianças de abrigos: são 3.358.
Dessas crianças, 31% estão nas instituições há mais de seis meses e não têm sequer um processo aberto para decidir se elas podem voltar para as famílias de origem ou se devem ser adotadas.

A maioria das crianças tem poucas chances de retornar para casa. Elas foram abandonadas, sofreram abusos ou são filhas de dependentes químicos. Metade não recebe visita e mesmo assim - legalmente - continua ligada aos pais e o pior: o processo para acabar com esse vínculo nem foi iniciado.

Os juízes culpam a falta de estrutura. “Os juízes que trabalham com essa área tem sempre a mesma reclamação quanto a falta de estrutura, dificuldade pra captar uma equipe técnica, um grupo responsável pela fiscalização dos abrigos pela permanente e necessária participação no dia-a-dia dessas crianças” explica Andréa Pachá, vice-presidente da Associação dos Magistrados do Brasil.
Quando os anos passam e as crianças continuam nos abrigos elas perdem um direito básico garantido por lei há 19 anos: o de crescer numa família. Em Porto Alegre o judiciário age com rapidez para evitar que elas fiquem sem o amor de um pai ou de uma mãe. Hoje todas têm a situação acompanhada pela justiça - o que diminuiu muito o tempo de permanência das crianças nessas instituições.




 
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